ARAMACA LANÇA LIVRO E RECEBE TÍTULO DE CIDADÃO VALENCIANO

Tosas as fotos:  Vanessa Andrade

Ontem à noite na sede da OAB Valença foi lançado o livro A Camara de Aramaca do fotógrafo/advogado Francisco Magalhães Neto. O advogado/artista é irmão do também advogado Guido Magalhães Junior e do Engenheiro Agrônomo Dedê Góes. Nascido, formado e residente em Salvador, Chico Magalhães como é conhecido no mundo jurídico cresceu em Valença como seus irmãos valencianos e só saiu daqui para estudar se fixando na capital de vez. Como paixão Chico fez da fotografia sua segunda profissão, o que pode se chamar de amor à arte.

Chico ontem recebeu o título de cidadão valenciano ofertado pelos vereadores Bertolino de Jesus e Vane Costa e contou com a presença dos vereadores Adailton Francisco e Mateus Passos.

Para além do festejo com o título de cidadão de Valença, Chico Magalhães trouxe para os agora conterrâneos oficiais um grande presente em arte fotográfica; um livro contando em fotos a historia cultural da região, mapeando a Costa do dendê, mostrando ao mundo como é linda a nossa região. Esse presente é tão grandioso que faz  o titulo de cidadão parecer tão comum, mas sem dúvida nenhuma muito importante para ele

 Ao ser liberado para falar, Chico começou dizendo: “tem alguns lugares que eu me sinto feliz”. Depois, lembrou dos amigos de infância que ele conviveu aqui em valença durante seu crescimento e meio emocionado recitou os primeiros versos do  hino de Valença, em seguida disse que a partir de hoje pode dizer que é  filho de Valença.

Chico Magalhães demora um pouco em vir a Valença; confessou que a última vez que esteve aqui foi no dia do falecimento do pai Guido Magalhães e que prometeu diante do seu caixão  retornar à sua cidade e fazer algo de bom por este lugar.  Diante de tanta gente de classes diferentes para prestigiar seu falecido pai ele percebeu quão importante ele era e decidiu fazer algo por Valença, mesmo sem saber ainda o que seria e acreddita ser esse livro o começo de algo bom.

Magalhães neto se uniu à produtora Barro de Chão para fazer esse projeto e teve o apoio dos irmãos Guidinho e  Dedê que gostam de fotografia, sendo que Dedê é um grande fotógrafo, Guidinho gosta também da fotografia, já  Cristiane  prefere colaborar na logística,  porque é a unica que não gosta de fotografar. Na viagem pela Gosta do Dendê  eles visitaram quilombos, praias e vilas, e contou com colaboração especial de Zacarias Chauhoud e Imbrahim Chauhoud que inclusive,  fez uma das apresentações  do livro.

A Camara de Aramaca trás além das lindas fotos com narrativa história, a nova tecnologia de QR code  que possibilita o leitor a ver vídeos e depoimentos dos participantes na história. Basta direcionar a câmera do celular para o código e abrir no you tube .

Ao ler um trecho do livro em que conta  suas aventuras enquanto adolescente em Valença, Chico dedicou ao vereador Bertolino de Jesus, e seguiu exaltando a cultura da ancestralidade, lembrando que seus pais Dr. Guido e professora  Dolores poderiam estar presentes ali naquele momento, seguiu dizendo de forma muito tranquila que não se sente melhor entre os 500 melhores do Brasil, porque não pode ser melhor que o s eu  irmão nem qualquer outro advogado, posto que na casa de Rui Barbosa, a igualdade é o ponto de partida de tudo.

Voltando ao seu lado artista Aramaca usou a frase de Herbert Vianna Chico “no céu de Ícaro tem mais poesia que no de Galileu”, e seguiu explicando a sua lógica, posto que o céu de Ícaro é do sonho, o de galileu é o da matemática, da lógica. Assim chico conclui  sua frase dizendo o céu de Galileu ele pratica com o direito, já o céu de Ícaro  é a fotografia, pois ela  precisa ser lida, ele tem que voar com as asas de cera rumo ao sol sem saber onde vai parar. Ainda fazendo analogia ao Ícaro Chico disse se encontrar num dia de honra por  poder se  dizer  valenciano e cantar o hino escrito por professora Macária.

Magalhães também se disse honrado em poder propalar para o Brasil inteiro, que durante a canonização de irmã Dulce recebeu um convite do embaixador do Brasil em Roma para  levar essa exposição de fotos para Roma, em seguida lamentou que esse projeto terá que aguardar a crise do corona vírus passar para viajar. Chico brincou dizendo que aqui ninguém pega corona vírus, só verme nas águas dos rios como ele já pegou e curou todas. Em seguida finalizou sua fala revelando que está próximo de completar  60 anos, virar idoso para trabalhar mais com arte, quem sabe fazer um segundo livro porque tem material demais guardado. Chico segue caminhando com sua arte e hoje já se encontra em Salvador participando de um grande evento com lançamento de livro de mestre capoeira Cobra Mansa e exposição fotográfica com fotografias também, de sua autoria.